Economia de energia na indústria com correias transportadoras

Reduzir a velocidade dos motores de correias transportadoras durante períodos de ociosidade pode parecer uma medida simples, mas seus impactos na indústria são significativos.
Essa estratégia foi destaque no 43º Seminário de Energia, Utilidades e Transição Energética, onde foi apresentado um estudo revelador sobre o tema.
A análise demonstrou que, ao diminuir a velocidade dos motores quando as correias operam sem carga, é possível alcançar melhorias substanciais na performance operacional, ampliar a eficiência energética e ainda reduzir os impactos ambientais.
Trata-se de uma abordagem que combate diretamente as perdas de energia causadas pelo funcionamento ocioso dos sistemas, elevando a rentabilidade das operações industriais.
O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), por sua vez, reforça essa visão em seu Guia de Eficiência Energética. O documento explica que a potência consumida por um motor está diretamente ligada ao torque e à velocidade de rotação.
Assim, ao reduzir essa velocidade mesmo mantendo o torque constante, ocorre uma queda expressiva no consumo energético. Mais do que economizar energia, essa prática contribui para a longevidade dos equipamentos, ao diminuir o desgaste dos componentes mecânicos.
É uma solução inteligente, que alia sustentabilidade a resultados concretos no dia a dia da indústria.
Um exemplo prático de sucesso vem da mineradora Vale, que aplicou essa estratégia em seu Complexo de Mariana. A redução da velocidade das correias transportadoras gerou uma economia de energia tão expressiva que foi comparada ao consumo de uma cidade de médio porte.
O projeto, inclusive, foi reconhecido com o Prêmio IBRAM 2024, comprovando na prática que eficiência energética e inovação caminham lado a lado.
A lição que fica é clara: pequenas mudanças operacionais, quando baseadas em dados e aplicadas com estratégia, podem gerar grandes impactos tanto no bolso quanto no meio ambiente.
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